Quando tinha 13 anos, o meu carácter foi em grande parte construído ao som deste disco: Money For Nothing, Dire Straights (mp3). Sim, disco. Eram os lindos anos do vinyl. Pena que as pessoas agora não possam chegar perto duma agulha e sentir essa sensualidade delicada a pousar num disco que se mexe. A deitar vibrações sonoras antes de passarem pelas colunas de som, a agulha a dançar nas imperfeições do disco cambaleante. Agora tudo se passa dentro duma caixa que não se vê nem se sente...
Por acaso, agora que me lembro, ouvia este disco numa cassette (lol). Com um ruído abafado a preencher os silêncios entre as músicas da péssima gravação, e a voz do Mark Knopfler a surgir das cafurnas do gravador Casio, Sony ou Philips.
Ouvir agora este disco em mp3 faz coisas engraçadas ao meu coração. Fá-lo abanar e dar também umas rodas dentro do peito. Bom som este que tive a construír o meu carácter... E boas noites de primavera e verão que passei ao som dele, com a força da vida a despertar na Natureza lá fora e dentro de mim na alvorada da minha adolescência. A pensar numa qualquer miúda universal que nunca cheguei a conhecer, nas aventuras que havia de ter, e em forças que não sabia definir nem compreender.
Graças aos Dire Straits, está tudo ainda vivo dentro de mim e posso voltar a isso sempre que quero.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
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